Junta de Freguesia de Figueiró Junta de Freguesia de Figueiró

História

UM POUCO DE HISTÓRIA

Figueiró, conhecida como freguesia "pequena mas graciosa", é um topónimo derivado do latim "ficus" que significa figueira e, pelo diminutivo figueirinha, passou de figueirola a figueirol e, finalmente Figueiroo.

Presume-se que esta paróquia  seja anterior à monarquia portuguesa, porquanto no ano de 1059 já D. Muma, Condessa de Guimarães anotara em testamento bens de cultivo neste termo da Chã de Ferreira.

Mais tarde, em 1220, Figueiró aparece também referida em documentação oficial.

Nas Inquirições de D. Afonso III, homologadas em 1346, referem-se casais reguengos em Figueiró.

Preferida por senhores medievais, também o rei teve aqui propriedades, nomeadamente no lugar de Alvarinhos, bem como celeiros para recolha de rendas. Os habitantes de Parada pagavam o seu tributo ou foro com patos e galinhas a manutenção da Tulha Real, e a Casa do Infantado vinha buscar rendas aos de Fundo de Vila pois,  como reza a informação do Pároco já citada, "... he esta freguezia parte della da Provedoria do concelho de Aguiar de Sousa, o qual me consta Comprehender quarenta e oito freguezias  entre honras e coutos e parte della he pertence a Honrra de Sobroza, terra e jurisdição da Casa do Infantado." 

Mais tarde, em 1519, o Foral concedido a Sobrosa por D. Manuel I alude a casais reguengueiros nos lugares de Vila Tinta, Pardelhas, Buçacos e Parada.

Destes tempos senhoriais se destacam, pelo seu interesse arquitetónico, as quintas de Vila Tinta, Onde se situava fazenda dependente dos militares de Leça do Balio, e de Figueiró e o conjunto rural edificado do Fundo de Vila.

A Igreja de Figueiró, dedicada a São Tiago, era condomínio da Coroa e competia ao Cabido de Braga ali colocar o prior. Em 1539, mediante dotação do prelado bracarense Infante D. Henrique, contemplam-se alguns servos do cabido, entre eles Manuel Leyte, "com o produto de votos de pão e vinho que além do mais recebia de Figueiró e freguesias vizinhas." M. Vieira Dinis.

De acordo, ainda, com o ilustre professor acima citado, "A casa do Infantado era outra recebedora de rendas foreiras, nomeadamente em Fundo de Vila, vivência dos nobres Matos Noronhas que se viram espoliados por cúmplices familiarmente contra a restauração do Reino em 1640. Curiosamente, ainda em 1873, António Ferreira de Meireles e mulher, D. Maria de Matos Soto Maior e Noronha, da casa de Fundo de Vila, alegando direitos avoengos, não deixavam de ser chamados a juízo para se vencerem da realidade dos factos, isto é, pela extinção da Casa do Infantado. A remissão de foros conduzira a novo senhorio: João Teixeira Pinto Basto e esposa, D. Augusta da Silva Cabral, da Rua de S. Pedro - Amarante. Desta meada, a informação de sepultura dada aos fidalgos de Fundo de Vila na ermida de Nossa Senhora de Todo o Mundo, no souto apegado à Matriz".


Figueiró Ontem e Hoje, 2001, p.8-9

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